terça-feira, 14 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de julho de 2009
Esta noite sonhei com Mário Lino de Miguel Sousa Tavares
Espero não estar a transgredir nenhuma regra "bloguista" mas como achei este texto absolutamente fantástico e bastante enquadrado com o que costumo ou costumava postar neste blog, aqui fica:
« Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter.
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.
- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém! »
« Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter.
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.
- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém! »
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Pesadelo Mitsubishi
Qualquer semelhança entre o título deste post e de um outro blog, não é pura coincidência!
Tive a triste ideia de tentar comprar um carro novo. Sim, triste, porque depois do post que aqui coloquei a falar mal dos impostos aplicados aos condutores, ainda vou fazer essa grande burrice...
Mas ainda assim, decidi contribuir para esta grande nação e respectivo governo que a desgoverna, comprando carro novo, ou melhor, tentando...
Em Abril, sinalizei um Lancer 1.5 preto, cuja data de entrega era Julho, mas para isso não podia ser preto, tinha de ser cinzento, mas cuja limitação aceitei.
Chegado a Julho, não havia carro para entrega, nem cinzento e muito menos preto. O stand ofereceu-me um Colt 1.1 de substituição, que nada tem a ver com um Lancer, mas enfim... A nova data de entrega passou para Setembro e já com a possibilidade de ser em preto, o que me levou a esperar...
E adivinhem, em Setembro continuava a não haver carro em preto para entrega, só podia ser em cinzento (fico com a sensação que a tinta preta deve ser coisa rara na Mitsubishi e que estão a tentar impingir o cinzento)... A nova data de entrega passou para Outubro (desta vez só saltou um mês) e começo a ficar um bocadinho aborrecido...
Enfim, fica aqui o meu desespero. Um gajo quer gastar dinheiro e não consegue! Mais valia ter ido para o Qashqai, pelo menos aí já sabia que havia possibilidade de estar um ano à espera, mas já não era surpreendido!
Quem esteja a pensar comprar mitsubishi, pense duas vezes!
Tive a triste ideia de tentar comprar um carro novo. Sim, triste, porque depois do post que aqui coloquei a falar mal dos impostos aplicados aos condutores, ainda vou fazer essa grande burrice...
Mas ainda assim, decidi contribuir para esta grande nação e respectivo governo que a desgoverna, comprando carro novo, ou melhor, tentando...
Em Abril, sinalizei um Lancer 1.5 preto, cuja data de entrega era Julho, mas para isso não podia ser preto, tinha de ser cinzento, mas cuja limitação aceitei.
Chegado a Julho, não havia carro para entrega, nem cinzento e muito menos preto. O stand ofereceu-me um Colt 1.1 de substituição, que nada tem a ver com um Lancer, mas enfim... A nova data de entrega passou para Setembro e já com a possibilidade de ser em preto, o que me levou a esperar...
E adivinhem, em Setembro continuava a não haver carro em preto para entrega, só podia ser em cinzento (fico com a sensação que a tinta preta deve ser coisa rara na Mitsubishi e que estão a tentar impingir o cinzento)... A nova data de entrega passou para Outubro (desta vez só saltou um mês) e começo a ficar um bocadinho aborrecido...
Enfim, fica aqui o meu desespero. Um gajo quer gastar dinheiro e não consegue! Mais valia ter ido para o Qashqai, pelo menos aí já sabia que havia possibilidade de estar um ano à espera, mas já não era surpreendido!
Quem esteja a pensar comprar mitsubishi, pense duas vezes!
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quinta-feira, 12 de junho de 2008
Gasolina, Futebol e Brasil
O que têm estes temas em comum?
Ontem foi a loucura da corrida aos combustíveis, mesmo durante o Portugal-Rep.Checa!!!
Mal acabou o jogo, já todos se tinham esquecido que havia pouca gasolina e andavam a acelerar e apitar para festejar o triunfo de uns macacos ricos que andaram a correr atrás de uma bola...
E a ligação ao Brasil?
É que parecemos a malta da favela, que a única coisa que os acalma é o Penta-campeonato! E mesmo aí os "favelenses" são mais exigentes, porque nós é só por ganhar um jogo da fase de grupos.
Preferia estar a comparar-nos com os brasileiros pelo samba... a mim pelo menos alegrava-me mais saber dançar aquilo, e não ser o típico pé-de-chumbo tuga!
Tou quase a pôr uma bandeira na varanda a dizer "tou farto da bola"...
Ontem foi a loucura da corrida aos combustíveis, mesmo durante o Portugal-Rep.Checa!!!
Mal acabou o jogo, já todos se tinham esquecido que havia pouca gasolina e andavam a acelerar e apitar para festejar o triunfo de uns macacos ricos que andaram a correr atrás de uma bola...
E a ligação ao Brasil?
É que parecemos a malta da favela, que a única coisa que os acalma é o Penta-campeonato! E mesmo aí os "favelenses" são mais exigentes, porque nós é só por ganhar um jogo da fase de grupos.
Preferia estar a comparar-nos com os brasileiros pelo samba... a mim pelo menos alegrava-me mais saber dançar aquilo, e não ser o típico pé-de-chumbo tuga!
Tou quase a pôr uma bandeira na varanda a dizer "tou farto da bola"...
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Consumidor Pagador
Desde o início deste Governo, que ouvimos falar no “Consumidor Pagador”.
Que não devem ser os contribuintes todos a pagar pelo que os outros consomem.
Por exemplo, um português quer um automóvel, paga imposto automóvel (que chega quase a ser metade do preço final do veículo) e ainda paga IVA por cima.
Depois, todos os anos, paga IUC (mais de uma centena de euros). Tem também de pagar o seguro obrigatório que leva IVA.
Isto tudo só para ter o carro legal.... e encher os bolsos ao Estado.
De seguida, para circular na estrada, precisa de gasolina ou gasóleo.
Esses combustíveis levam um imposto que impulsionam o preço para mais do dobro, levando por cima, o IVA, como é costume.
Caso queira, ou não tenha outra hipótese, utilizar as (in)seguras e bem(mal) construídas auto-estradas portuguesas, paga também as respectivas portagens.
Até aqui temos um belo exemplo do “Consumidor Pagador” tão falado e defendido pelo nosso Governo.
Agora pergunto, quem vai pagar o novo Aeroporto? E os respectivos acessos? E o TGV?
Vão ser todos os contribuintes.
O que anda de automóvel e que tem de pagar todas as despesas do seu bolso também vai pagar pelo TGV e pelo Aeroporto mesmo que nunca os utilize.
E agora, onde está a política do “Consumidor Pagador”?
E pior, quando técnicos especializados dizem não ser necessário outro Aeroporto e muito menos um TGV e mesmo assim os projectos avançam, onde está a Democracia?
Que não devem ser os contribuintes todos a pagar pelo que os outros consomem.
Por exemplo, um português quer um automóvel, paga imposto automóvel (que chega quase a ser metade do preço final do veículo) e ainda paga IVA por cima.
Depois, todos os anos, paga IUC (mais de uma centena de euros). Tem também de pagar o seguro obrigatório que leva IVA.
Isto tudo só para ter o carro legal.... e encher os bolsos ao Estado.
De seguida, para circular na estrada, precisa de gasolina ou gasóleo.
Esses combustíveis levam um imposto que impulsionam o preço para mais do dobro, levando por cima, o IVA, como é costume.
Caso queira, ou não tenha outra hipótese, utilizar as (in)seguras e bem(mal) construídas auto-estradas portuguesas, paga também as respectivas portagens.
Até aqui temos um belo exemplo do “Consumidor Pagador” tão falado e defendido pelo nosso Governo.
Agora pergunto, quem vai pagar o novo Aeroporto? E os respectivos acessos? E o TGV?
Vão ser todos os contribuintes.
O que anda de automóvel e que tem de pagar todas as despesas do seu bolso também vai pagar pelo TGV e pelo Aeroporto mesmo que nunca os utilize.
E agora, onde está a política do “Consumidor Pagador”?
E pior, quando técnicos especializados dizem não ser necessário outro Aeroporto e muito menos um TGV e mesmo assim os projectos avançam, onde está a Democracia?
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quinta-feira, 24 de abril de 2008
Falsa Ecologia
Depois de uma longa pausa, volta a má lingua...
A ecologia e o marketing!
Vou centrar-me num exemplo, mas que pode ser alargado a muitos outros:
A campanha da opel "EcoFlex" que aponta para um carro com emissões zero!
Mesmo que o carro venha a ter emissões zero, não compensa tudo que estão a fazer para o divulgar, desde outdoors, a sites de divulgação, e mais grave, publicidade nos belos jornais gratuitos!
O jornal ganha uma capa nova, ainda mais inútil que o conteúdo do jornal, completamente impregnada de tinta, e que fica no fim do dia, espalhada por tudo o que é transporte público em Portugal.
E depois de ir parar ao lixo, consegue ser aproveitado?
E a quantidade de tinta que gastaram?
E as máquinas que estiveram a imprimir tudo aquilo, quanta energia gastam?
Acho que há que tentar poluir menos, mas deixem-se de hipocrisias!
Também sei que estou a ocupar processador de um servidor com o que estou a fazer, e a gastar energia dos monitores de quem lê isto... mas para isso também só parávamos quando voltassemos à caverna...
A ecologia e o marketing!
Vou centrar-me num exemplo, mas que pode ser alargado a muitos outros:
A campanha da opel "EcoFlex" que aponta para um carro com emissões zero!
Mesmo que o carro venha a ter emissões zero, não compensa tudo que estão a fazer para o divulgar, desde outdoors, a sites de divulgação, e mais grave, publicidade nos belos jornais gratuitos!
O jornal ganha uma capa nova, ainda mais inútil que o conteúdo do jornal, completamente impregnada de tinta, e que fica no fim do dia, espalhada por tudo o que é transporte público em Portugal.
E depois de ir parar ao lixo, consegue ser aproveitado?
E a quantidade de tinta que gastaram?
E as máquinas que estiveram a imprimir tudo aquilo, quanta energia gastam?
Acho que há que tentar poluir menos, mas deixem-se de hipocrisias!
Também sei que estou a ocupar processador de um servidor com o que estou a fazer, e a gastar energia dos monitores de quem lê isto... mas para isso também só parávamos quando voltassemos à caverna...
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Agências...
Slogans como "A diferença conquista-se", um Número Verde e "Serviços Gratuitos", juntos com colaborador do mês associam-se mentalmente a quê (por pessoas normais)?
Pela sondagem que fiz a 3 pessoas que viram o anúncio abaixo, com apenas 2 palavras tapadas disseram que se tratava de:
- Agência de encontros amorosos
- Aparelhos auditivos
- Qualquer coisa racista (homens de gravata...estranho...)
- Qualquer coisa gay (Agnus Dei -> Agnus Gay)
Sim, não foi um público muito significativo, mas digam-me se chegavam lá sem as palavras FUNERÁRIA e VELÓRIO.
Pela sondagem que fiz a 3 pessoas que viram o anúncio abaixo, com apenas 2 palavras tapadas disseram que se tratava de:
- Agência de encontros amorosos
- Aparelhos auditivos
- Qualquer coisa racista (homens de gravata...estranho...)
- Qualquer coisa gay (Agnus Dei -> Agnus Gay)
Sim, não foi um público muito significativo, mas digam-me se chegavam lá sem as palavras FUNERÁRIA e VELÓRIO.
Eu da próxima vez que morrer, quero ir por eles, porque a última que me fui foi numa concorrente e foi uma chatice e não foi nada feito em condições, foi uma morte horrível...
(está na capa na Dica da Semana (Lidl) , de dia 22 de Novembro de 2007)
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